A Estrada

Sinopse

Adaptação | textos de Jack London

Embora Jack London tenha vivido entre 1876/1916, não podemos considerar a sua obra desactualizada ou fora de tempo. As suas questões permanecem não só relacionadas com o seu tempo político-económico e social mas também e sobretudo ligadas à questão da sobrevivência do indivíduo em qualquer enquadramento. Não temos nós hoje, não teremos sempre, pessoas ou povos que por motivos vários deambulam errantes no mundo? Não atravessamos neste momento uma revolução tecnológica que por sua vez cria uma nova crise laboral? Não temos nós na actualidade vários eventos políticos e económicos que obrigam a uma fuga e corrida permanente para a subsistência?
Nas suas próprias palavras: “A exploração da mão-de-obra, os salários de miséria, as hordas de desempregados e a multidão sem-abrigo e sem casa é o espectáculo a que se assiste quando há mais homens do que trabalho.” Esta contemporaneidade intrínseca na obra de Jack London obriga-nos a uma reflexão sobre o novo lugar do Homem no seu meio ambiente e levanta questões que nos permite considera-la significativa e contextualizada nos dias de hoje em qualquer parte do mundo. O homem que nasce e morre que procura o seu lugar, que foge a elementos opressores que o tentam restringir no caso a polícia, se nos abstivermos de uma leitura mais lata - que procura conquistar a sua liberdade e sustento, afinal, elementos primordiais da substância humana.

Ficha Artística / Técnica

Encenação: Cláudia Negrão

Adaptação dramatúrgica: Cláudia Negrão | Júnior Sampaio

Interpretação: Júnior Sampaio

Espaço Cénico: Hugo Migata | Pedro Silva

Desenho de som : Tiago Inuit

Desenho de luz: Paulo Santos

Produção executiva: Paula Coelho

Co-produção: A Lagarto Amarelo | ENTREtanto Teatro